Análise de sobrevivência aplicada ao tempo de permanência em planos de saúde.

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Caroline da Silva LIMA
Luiz Carlos SANTOS JUNIOR
Marcelo Coelho de SÁ

Resumo

Apesar dos lucros auferidos no segmento de saúde suplementar, o número de segurados vinculados a ele oscilou entre 2015 e 2018, em contraste com o comportamento apresentado entre 2000 e 2014, quando só cresceu. Para compreender parte desse fluxo, isto é, a saída dos segurados desse mercado, objetiva-se analisar o tempo de permanência do segurado em planos de saúde, a partir de dados compostos por 122.381 segurados (e ex-segurados) acompanhados entre os anos de 1984 e 2018. Utilizando-se da análise de sobrevivência tradicional, por meio do estimador de Kaplan-Meier e de modelos paramétricos e semiparamétricos, destacam-se os seguintes resultados: a) a mediana do tempo de permanência no plano é de 4,62 anos; b) a massa de seguradoras é composta (ao longo dos anos observados) predominantemente por mulheres, solteiras, jovens, titulares e aderentes ao contrato de individual/familiar; c) conforme o modelo de Cox selecionado, ser homem (em relação à mulher), ser jovem (em relação ao adulto), ser dependente (em relação ao titular) e ser casado (em relação ao amasiado) aumentam o risco de saída da operadora analisada. Espera-se que esses resultados auxiliem a operadora analisada a (re)direcionar suas políticas comerciais e de subscrição de riscos.

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Como Citar
LIMA, C. da S., SANTOS JUNIOR, L. C., & SÁ, M. C. de. (2021). Análise de sobrevivência aplicada ao tempo de permanência em planos de saúde. REVISTA BRASILEIRA DE BIOMETRIA, 39(3). https://doi.org/10.28951/rbb.v39i3.474
Seção
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